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Mostrando postagens de 2015

LUZES DA CIDADE

* Marisa Pinho O acender e apagar das luzes em suas habitações A inconstância e a fugacidade A ausência e a presença Antítese de estados A solidão e a companhia O ritmo de vida  Esboços tristes e alegres O meu olhar pela janela Analítico e poético Os sons a distância e a quietude sonolenta Da linguagem simbólica a divagar Devagar pelo urbano O estado que habita  A Arquitetura da Cidade.  * Arquiteta Urbanista e Educadora Patrimonial (FAMS)

REFLEXÕES SOBRE AS CIDADES BRASILEIRAS

* Marisa Pinho A análise da leitura sobre o espaço urbano tem como base alguns aspectos: a luta de classes, as desigualdades social, econômica e política, a segregação territorial e a dominação ideológica. Primeiramente, vamos definir o que é espaço urbano? O espaço urbano não é apenas o que é produzido pela natureza, o que se definiria como o meio em que o homem vive, mas sim, o PRODUTO produzido pelas ações e trabalho humano. O espaço ou terreno possui várias denominações como: terra-capital, terra-localização e terra-matéria. O terreno é caracterizado como mercadoria. Ele tem um valor de acordo com as atividades exercidas nele ou até mesmo ao redor de sua propriedade, tendo em sua capacidade, a captação de rendimentos, sejam estes privados ou públicos. As melhorias ao redor de uma área, ou comumente falamos em arquitetura e urbanismo, o ENTORNO, podem trazer a valorização e a diferenciação de um espaço para outro. O autor, Flavio Villaça, faz na

MURETAS DE SANTOS

* Marisa Pinho  Das Muretas de Santos Lanço meu olhar Em direção ao mar Mirando amar seus encantos As ondas estouram Lambem as pedras Formam cristas bravias Imperiosas espumas As estruturas espancam Expressam A forma de amar Do mar Lanço meu olhar A visão turva A garganta seca O gosto de sal nos lábios Um esgar de um riso fraco As lembranças, as emoções, a loucura O murmúrio triste das ondas À beira-mar Por te amar Sento-me e das muretas Avisto o voo tácito das gaivotas Desenhos lineares Cortam o céu e perco por segundos Os sentidos... e voltam a memória nossos olhares e sorrisos Por estarmos juntos A visão mais bela  Da paisagem Do mirar das muretas de Santos Não há mais encantos Que a luz do seu olhar  Um farol a me guiar Então, sob a luz do entardecer Todos os dias volto as muretas Tendo a luz do sol a aquecer A esperança de novas metas À beira-mar Por amar Você  * arquiteta urbanista e educadora patrimonial (FAMS)

VIDA VÃ

A vida lhe foi vil Vã e vilã Mas Van não pintou Em vão Dos pincéis Frenéticos Da visão  Psicodélica A natureza Mostrou nobreza Retratadas  No virar do mundo No Girar girar Dos girassóis De Sóis amarelos De céus revoltos De trigais ao vento Na sua palheta encontrou alento Perpetuou-se Não Van não pintou em vão. Marisa Pinho

O PATRIMÔNIO: ESPELHO DA IDENTIDADE SOCIAL

Marisa Pinho* Vivemos numa época em que somos cobrados pelo “dever da memória” e nossas lembranças nos tornam culpados pelo risco do esquecimento. Muitas vezes, tais cobranças nos levam a teatralização sobre o pretexto de conservação patrimonial. Os moderno pode conviver com o antigo, refletindo-o e valorizando-o. Quando falamos sobre o assunto de preservar o patrimônio edificado, fugimos ao equilíbrio e bom senso e nos enveredamos por um caminho inócuo cometido pelos excessos. Enfrentamos uma batalha que nos leva a questionar: preservar o quê, para quê e para quem? Sem perder o rumo, sem cair em ciladas de idiossincrasias do poder e da aparência estereotipada de um modo de vida que já se foi.  Observamos a dicotomia entre os interesses sociais e políticos que se encontram espelhados numa cidade, onde o desenvolvimento urge, a qualidade de vida e as pessoas, devem ser os parâmetros para que essa batalha patrimonial e a visão de progresso, tenham um fim ou uma c